2008.
D o i s.
M i l.
E.
O i t o.
Pra falar, a gente faz pequenas pausas com a língua.
Númerozinho complicado.
Eu sempre preferi anos ímpares, sabe Deus porquê.
Mas fazendo uma retrospectiva mental, 2008 foi um ano do caraleo, com o perdão do meu francês. Algumas pausas, como a sua pronúncia, mas muita ação, toneladas dela.
Não vou dizer aquelas coisas manjadas do tipo 'cresci como pessoa', 'encontrei meu eu interior' e blá blá blá. Nada contra, só não faz o meu estilo. E papo auto-ajuda meloso meio que me irrita. É, eu sou irritada. Na verdade, I'm a basket case, mas como sempre, estou divagando.
O que eu posso dizer é que fiz muito do que poderia ter feito. E olha que não foram poucas e nem razoáveis coisas.
Acho que posso dizer que certas coisas eu paguei pra ver. Algumas me surpreenderam, outras me fizeram ver que eu ainda tenho um longo caminho pela frente, e outras poucas que, simplesmente, eu sou uma rapadura e certas coisas não são pra mim. Né, Mirna?
Mas houveram algumas únicas que obliteraram tudo isso e valeram demais. Coisas que eu não vi chegando, me pegaram pelos pés, me viraram de ponta a cabeça, sem dar tempo de preparo, respiração, cautela.
Perder um avião, um banco na praia em uma tarde ensolarada, uma madrugada amanhecida conversando, uma dança de noite, máscaras, vassouras, garrafas, e muitas palavras que não farão sentido pra vocês, mas que enchem, na boa, umas trilhões de malas de recordações, e que me elevam ao tal do '100 à 1000'.
Assim como o Natal, esse é o primeiro Reveillon que eu vou passar all by myself. Sem família, amigos, grandes produções, e talvez sem algumas das superstições meio sem sentido de todos os anos (não abro mão da lingerie nova, pô!). Não estarei dando pulinhos extasiados, mas, apesar, e por isso mesmo, eu sigo, porque eu não vou desistir. Simples assim.
Vou entrar 2009 com a maior sede e fome de todas, porque eu quero mais. Quero drinks mais longos, sabores mais profundos.
Ler livros que nunca li, ouvir o que nunca tocou, ver o que ainda é desconhecido. Ou simplesmente, viver as mesmas coisas, mas de cima, ou debaixo, ou do lado da mesa. De qualquer forma, a maneira não importa, desde que diferente.
Só quero continuar com essa minha vontade e minha cara-de-pau, como não?, de sempre, que me faz ir um pouquinho mais pra lá, sem a cordinha de segurança o tempo todo.
Então, se a campainha da tua porta tocar, inesperadamente, depois da meia-noite, olha com atenção pelo olho mágico. Tu podes te surpreender...
* Um 2009 excelente ;)

nfessar que são poucos os blogs que eu faço questão de ler todos os textos e sempre. O Cinta-Liga é um deles, portanto, moça, curta Paraty, arranje um gato beeeeeeeeeeeeeeeeem
bom e quanto à barrinhas e afins, tu bem sabes que existem coisas melhores, e que, com certeza, merecemos essas coisas. Um 2009 bombante ;)