terça-feira, 30 de setembro de 2008

Ce que tu attends de moi

Acabou a segunda, e terça chegou. Jura, Einstein?
Mas acontece que hoje eu tenho tanta coisa pra resolver.
Na verdade, muitas perguntas pra responder. Nada muito filosófico, só emails, janelas de msn, telefonemas e mensagens.
Pessoas pra quem eu preciso emprestar a minha mão, alugar o meu ouvido, e dividir os meus olhos, porque são importantes e porque eu quero.
E um aniversário importante chegando... Chegando não, na porta, já é amanhã!
Não, não é o meu. Mandem um beijo pra minha progenitora.
E ainda por cima, um texto pra terminar [Maldita promessa de texto!]

Portanto, STOP! Ninguém se mexe!
Apertei o pause, e ficamos assim, um tanto suspensos. Que tal?

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Conto por contar, e deixo em algum canto

Um email vai: - Olá, querida. Tudo bom?
Um email chega: - Tô bem. Tô com a cabeça à mil. Minha menstruação acabou de dar às caras, sem nem avisar. Pedi pra uma amiga ir comprar um absorvente e junto, trazer uma caixa de chocolate, porque hoje eu estou sensível. Tô até assistindo o filme da sessão da tarde. Filme de uma fã que vai jantar com o seu ídolo, e ele acaba ficando interessado por ela. Que triste. Acabei de fazer minha avaliação física na academia, amanhã volto pra vida de cão, até quando, eu não sei. Boa notícia? A balança do supermercado é louca, tô com um kilo à menos que o peso que ela indicou. E tô ouvindo conselhos de qualquer pessoa, porque eu realmente não sei o que fazer. Porque eu fui ficar com ele? Como eu vou cobrar alguma coisa de alguém com quem eu não tenho nada? Será que ele é gay? Ahhh, e tu? Como tás?
Outro email vai: - Ern... Eu tô bem sim.

Se alguém acha que ser mulher é fácil, espera só ter surtos hormonais todos os meses. Força, Mirna ;)


*Em contrapartida...
Hoje eu não estou conseguindo pensar.
Acho que o meu cérebro - esse orgão de um quilo e meio, com mais de 10 bilhões de neurônios, que em pleno funcionamento de forma desregulada (jura?) podem atingir 400 km/h para competir por um pensamento, ideia ou imagem - não está muito normal.
Sinto que se alguém abrisse a minha cabeça e berrasse algo lá dentro (não que a idéia seja plausível, ou ainda agradável, ao meu ponto de vista, é claro, já que tem uns sádicos aí que iam achar a idéia genial...), o berro faria eco, e morreria tão só quanto entrou. Eu ia falar sobre marasmo também, mas cansei de alusões ao deserto do Saara.
Não, não estou de TPM. Nem todas minhas variações nervosas, emocionais, ou ainda irracionais, são causadas por hormônio (ainda que nesse período, eu fique mais insana do que o de costume). Às vezes, são apenas questionamentos, apontamentos, ou ainda crises psicóticas de pensamentos surtados. Ou da falta deles. Ou de sei lá o que.
Hoje, eu me sinto como aquela moça da propaganda eleitoral, repetindo à toda hora: não é pra lá, não é pra lá, n ã o é p r a l á.
Mas sendo toda hora levada para o tal lá. Seja pelos meus próprios pés, seja empurrada por uma confluência de coisas, que fogem do meu controle, apesar da pièce de resistance que eu sei estar instalada (de que vale a vida sem um arsenal pesado, certo?) dentro de mim.
Agora a pergunta certa é: onde é o lá? E porque, diabos, eu não tô querendo ir?
Acho que hoje eu tô Garfield.
Passa, segunda-feira, passa...

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Still I must invite

Me pegue.
Mas me pegue devagar, sem pressa. Como se pegasses um livro antigo, de rara edição, cujas folhas guardam algumas marcas do tempo, e prometem aventuras inéditas.
Mas ao mesmo tempo em que me pegas com adoração, me pegue com vontade. Como se meu corpo fosse o líquido, que encerrasse a tua sede, saciasse a tua alma, e não houvesse mais tempo para esperar.
Me embale.
Como se ouvisses uma música secreta, audível apenas aos nossos ouvidos, e que contasse a história de um grande guerreiro de outrora.
Mas me embale como se não houvesse música. Como se aquele silêncio de cúmplices fosse suficiente para cantar nossa noite.
Me olhe.
Mas me olhe no fundo. Como se minha íris fosse um poço profundo, que ora refletisse um verde-amarelado, ora um caramelo-dourado, e toda hora tivesse que ser vista com mais atenção.
Mas me olhe direto. Deixando claro o teu desejo, a tua vontade, afim de que eu sentisse aquela fisgada dentro de mim.
Me siga.
Até que eu chegue onde não saiba mais como voltar, e não me permitas mais olhar para trás.
Mas me leve, para que nunca esqueça que posso me perder sem medo, porque estás aqui, cavalgando comigo.
Me toque.
Como se minha pele fosse seda, e tuas mãos calejadas das lutas necessitassem do conforto que ela traz.
Mas pegue prevenido, como se nela estivesse o fogo da fornalha, que forja tua armadura, mas que encerra a tua espada, e fosses bravo o suficiente pra não te queimar.
Me sinta.
Para que eu tenha certeza que estiveste comigo o tempo todo, subindo, descendo, perdendo os sentidos, encontrando o fundo, até o final. E para que eu saiba que este tenha sido só o começo.
E quando eu sentir que acabou, me pegue novamente, e faremos a velha centelha voltar a queimar, até o amanhecer.


* Final de semana. No work. Maravilha!

E como canta a música: Vou sair pra ver o céu, vou me perder entre as estrelas...

Aproveitem, pessoas ;)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

She didn´t know the truth about Romeo

Numa mesa de bar:
- E aí, ficaste tentada com as propostas avassaladoras dele?
- Não.
- Ficaste sim, assume!
- Não, já disse.
- Duvido! Aquele homem lindo, dizendo que te quer...
- Olha, às vezes um não realmente quer dizer "Não agora, mas se tu me ligares daqui há uns 3 minutos, trinta e dois segundos e quarenta e dois centésimos, eu provavelmente direi SIM!, e estenderemos nossa amizade colorida". Mas tem vezes, que um NÃO é só um não, sabe... Às vezes.

Nesse caso é não e não.



* Outro selo. Da Lekkerding. Eu já falei que o blog dela é magnífico? Já? Então falo de novo! E não é puxação de saco, acreditem, os batimentos são realmente fortes. Só peço desculpas à ela por não escolher somente três blogs e indicá-los, mas quando falo que todos os da minha lista são excelentes, acreditem, é porque eu entro e comento todo dia. Por isso, são minhas doses diárias de boa escrita.


Mas ainda assim: Muito obrigada, moça! Então, pessoas, podem colocar o selo no blog de vocês ;)

terça-feira, 23 de setembro de 2008

You´ve reached for the secret too soon

Ploc!
É o som de uma bolha estourando.
Uma bolha que libera um sentimento que parece ter saído do teu estômago e vai subindo, subindo... Arrepiando os pêlos do braço, causando um arrepio no pescoço, e um leve engasgar na gargantar. E continua subindo, deixando a boca seca, uma leve fungada no nariz, e marejanjo os olhos. Sempre subindo...
Isso tudo leva um milésimo de segundo, ou ainda menos, me desculpem os doutores. Mas finalmente chega ao cérebro, que registra tardiamente, o que o coração já sentiu há muito tempo: reconhecimento de uma mão estendida. A mão do amigo. Que te ajuda a passar pelo caminho escuro, ou simplesmente te faz companhia numa madrugada solitária.

É assim a amizade. E são tantas as frases piegas que podem descrevê-la.
Muitas verdadeiras, outras melosas, e umas tantas idiotas. Bem idiotas.
Mas a amizade é mais do que isso.
É dizer que tu estás errado, quando não queres ouvir isso.
É te chamar de doido, quando achas que estás são.
E até mesmo ter momentos de insanidade, numa mesa de bar e gritar algumas verdades.
Irracional, é claro, mas ainda verdadeiro.
Amizade não precisa de fórmula, nem de regra, nem de dogma. Só doses de confianças, sinceridade e muita cara de pau. Lots and lots of of it.

É simplesmente aquela pessoa que tu sabes que podes contar aquela coisa inconfessável que fizeste no final de semana. Ou então que te ajuda a roubar um banco. Ou que vem com o fósforo, quando ainda estás cogitando mandar tudo pelos ares.

A tal da amizade também é um texto meloso, só pra ressaltar só o quanto tu amas alguém. Mesmo que esse alguém seja tu, Gustavo ;)

âpidaiti: Esqueci de dizer que quando ele ficar velho e rico, eu caso e o mato logo em seguida. Porque sou destas, piedosa.

domingo, 21 de setembro de 2008

Where does the good go?

E Meredith disse: Talvez nós gostemos da dor. Talvez sejamos ligados dessa maneira. Porque sem ela, eu não sei, talvez não nos sentíssemos reais. E o que isso quer dizer? Porque eu fico me batendo com um martelo a toda hora? Porque é tão bom quando eu finalmente paro!



* O Capitão já tinha me passado a meme, e como a Flávia (vale a pena passar lá, pessoas!) também me premiou, vou responder as sete músicas do meu playlist. Vou pular as favoritas, porque Pink, Peal, Sinattra, Baleiro e Chico são habitueés. Mas vamos a umas que sempre são bem vindas: Ida Maria - Keep Me Warm, Lifehouse - Trying, Juliette and The Licks - Long Road Out Of Here, Damien Rice - I remember, Lenine - O Que Me Interessa, Fuel - Shimmer. E pra fechar com chave de ouro, A música/poema: Tom e Vinícius - Soneto de Fidelidade.

Ahhhh, vai uma do Pink, a oitava maravilha do mundo, só porque eu acordei com ela entrando pela minha janela hoje...

E só pra terminar: Ok, não posto mais alcoolicamente alterada! A TPM, dessa vez, realmente se foi ;)

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

E na verdade, o que eu quero é cair

Esse é um texto extremamente pessoal, então, se alguém quiser pulá-lo, be my guest.

Hoje eu não devia ter saído, mas são quatro horas da manhã e acabei de chegar em casa (ainda que tendo que acordar para trabalhar às 7).
Hoje eu não devia ter bebido (já falei que vou ter que trabalhar às SETE DA MANHÃ de um SÁBADO), mas estou um pouco bêbada.
(E com esse começo, eu me sinto em alguma reunião anônima, daquelas em que tu começas com um 'Agora, fazem 3 minutos e 52 segundos que eu não comento nenhuma sandice...')

Enfim, isso tudo serviu pra chegar à uma conclusão: sou um ornitorrinco.
Tá bom, antes que alguém ache que eu perdi o resto de sanidade que ainda me restava, eu vou explicar.

Sou um ser passional: nasci pra amar. Mas em completa contradição: nunca me apaixonei.
Não sei ficar sozinha, mas como paradoxo: não sei ficar com alguém só por uma noite e fingir, no outro dia, que nada aconteceu.
Sinto falta de ter alguém, mas me recuso completamente a estar com uma pessoa só por estar.
Ou seja, ou a Taynar é doida, ou alguém colocou alguma coisa realmente estranha naquela cerveja.

Ou vai ver, sou uma ave, um réptil e um mamífero, ainda por cima.
Posso me sentir mais deslocada, e ainda inserida, por tudo?
Coitado do ornitorrinco. Será que o IBAMA me deixa adotar um?

Só não vou aceitar que me chamem de embuste. Posso ser tudo, mas nunca vou negar o que sou. Ainda que eu não saiba o que, diabos, isso seja.

Das duas uma: ou me interno num asilo psiquiatríco AGORA, ou páro de beber.
Alguém tem alguma solução?


* Valeu Mirna, por tentar ainda me entender, mas que por falta de análise clínica suficiente, resolveu me mandar dormir.

Caso amanhã eu não delete isso... Como isso aconteceu? E o melhor de tudo: alguém sabe como párar?

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

I'm trying the best that I know how

Andando, sem sentir. Ela sempre fazia isso.
Quando a mente estava cheia de pensamentos, ela andava pelas ruas da cidade sem se dar conta.
Se ia de um ponto ao outro, e tinha assuntos pra debater mentalmente, era capaz de percorrer distâncias enormes sem nem se dar conta da paisagem ao redor. E depois, quando tentava refazer o caminho que tinha percorrido, Nossa!, parecia uma coisa de filme, onde havia um branco na mente.
Hoje era um dia desses. Saindo do trabalho, caminho de casa, sol se pondo. Andando e pensando. A única companhia era uma garrafinha de água mineral, que bebia de vez enquanto, completamente desinteressada. Um pensamento lá no fundo apareceu afirmando que ela devia passar na padaria, para comprar um doce, mas morreu tão logo surgiu.
Ela tinha tanta coisa nova pra pensar, tantos assuntos que mereciam reflexões que nunca tinha feito.
Ela uma vez tinha lido que as mulheres chorando nas ruas sozinhas eram as mulheres mais solitárias do mundo. Ela não estava chorando, e mesmo assim não sentia uma conexão com o mundo que corria. Não estava triste também. Talvez seu cenho franzido enganasse algumas pessoas.
Mas dessa vez, não era isso.
Ela simplesmente estava pensando, julgando, avaliando, analisando, dando pontos e nós em assuntos que mereciam um tanto de atenção.
Não ouvia o barulho dos carros, mesmo com o som ensurdecedor que faziam ao seu redor. Não ouvia os gracejos dos guardas que ficavam sempre no seu caminho, na volta pra casa. Nem se preocupava em correr, para aproveitar o sinal, na rua mais movimentada da cidade.
Ela sabia o que estava fazendo. Estava moldando pouco a pouco a sua mente, obrigando-a a cogitar possibilidades e descartar opções. Sendo assim, o que importava o caminho?
Simplesmente, era ela, a rua e a noite, recém-chegada.

* E para o desocupado(a) sem ter o que fazer, que resolver usar o nome da Dra. Lee por aí: get a life!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

'Cause you know sometimes words have two meanings

Refuto as idéias de que as pessoas não possam ser mais racionais, que emocionais.
Refuto as idéias de que eu tenho que ser fácil de lidar.
Refuto as idéias de que tudo tem que ser simples.
Refuto as idéias moralistas de falsos julgamentos.

Aceito que é necessário pulso.
Aceito que acho o bege clássico, mas não é minha cor favorita.
Aceito que palavras doem mais do que tapas meus.
E eu até aceito que é de enlouquecer, mas que não vou voltar atrás.


Só continuo não me conformando com dias nublados e talvez mal explicado.
Hoje estou o menos baunilha que se pode ser. E não vejo o menor problema nisso. Ao contrário, gosto bastante.
Acho que a TPM passou.

Update: Esse música combina com o texto:
She calls me from the cold
Just when I was low, feeling short of stable
All that she intends
And all she keeps inside, isn't on the label
She says she's ashamed
And can she take me for a while
And can I be a friend, we'll forget the past
But maybe I'm not able
And I break at the bend
We're here and now, but will we ever be again
Cause I have found
All that shimmers in this world is sure to fade
Away again
She dreams a champagne dream
Strawberry surprise, pink linen and white paper
Lavender and cream
Fields of butterflies, reality escapes her
She says that love is for fools that fall behind
And I'm somewhere in between
I never really know
A killer from a savior
'Till I break at the bend
We're here and now, but will we ever be again
Cause I have found
All that shimmers in this world is sure to fade
Away again
It's too far away for me to hold
It's too far away...
Guess I'll let it go


Adoro Fuel.

domingo, 14 de setembro de 2008

Com açúcar e com afeto, fiz seu doce predileto

Nunca chegou a ser um namoro convencional. Foi mais uma série de termina-e-volta quase infindável. Eles estavam juntos, ele aprontava, ela perdoava, ele sumia, ela se descabelava, depois de muito tempo, ele reaparecia, com uma promessa nos olhos e uma desculpa na língua, e começava tudo de novo.
Um dia ela cansou, e o mandou pra longe. Foi aproveitar a vida, curtir os sonhos, realizar desejos. Ele talvez tenha feito o mesmo.
Muito tempo depois, ela evoluiu, cresceu, fez coisas novas. Ele não, continuou do vez jeito, no mesmo lugar. E numa dessas coisas da vida, saíram e se encontraram. Sentaram, beberam, ficaram porres.
No meio da noite, ele chorou e pediu perdão por tudo que tinha feito e, principalmente, pelo não tinha feito e lhe disse que ela era a mulher de sua vida.
Ela não conseguiu dizer nada, a não ser que sentia muito, mas que aquilo não tinha mais jeito. Ela não desejava viver no passado, e nem ficar perto dele lhe fazia bem.
Ele ficou desolado. Foi embora prometendo a si mesmo que da próxima, tudo seria diferente.
Ela foi pra casa. Chegou, entrou no quarto. Sentou na cama e chorou por todos aqueles sentimentos perdidos.



* Bom, queria agradecer aos selos que recebi.


O primeiro foi da Lekkerding, e seu blog excelente. Porque eu também tenho problemas com meus batimentos cardíacos, e ela fala dos seus de maneira única. Totalmente recomendado, é claro.











O segundo foi da Mulher Diferente, com seu blog tão excelente quanto, sobre o dia-a-dia, as maluquices do mundo, e que vocês devem checar. E lógico, muito obrigada pelos elogios, moça =)




Obrigada, meninas, de verdade, e me desculpem pelos parcos elogios, mas hoje é domingo, e eu não funciono muito bem nos domingos. ;)
Quanto a lista de 15 blogs, indicos todos os que estão aí do lado, que faço questão de ler e comentar todos os dias, sempre. Eu sei que são mais do que quinze, mas acreditem, todos eles merecem, e muito!

Bom resto de domingo.


Update: Recebi novamente o Selo Dardos, dessa vez do meu maior fã, Capitão Nascimento e seu blog Apenas Outras Histórias. Já disse que um dia envio meu autografo de presente pra ele. ;p
Valeu, Capitão, sinta-se agraciado com o selo novamente. Só não vai te achar...


Update²: Mais um selo. Dessa vez, da Cyntia Taborda. Valeu, moça, muito obrigada!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A lua me chama, eu tenho que ir pra rua...

É vontade de sair, farrear, rir, se perder, beber.
É vontade de aproveitar, de não lembrar, de se soltar.
É vontade de colher o dia, rir do passado, esquecer do futuro.
É vontade de esquecer as tristezas, afundar o medo e celebrar a vida.
É vontade de curtir o momento.

Hoje é sexta-feira, e não trabalharei esse final de semana (Tão ouvindo o som do "Aleeeeeleuia", aí?)
Então, o que fazem aqui lendo isso?
Saiam, bebam e todas as otras cositas...

Bom fim de semana =)

* Isso foi praga do Capitão: pensei que tivesse me livrado, mas ontem ainda recebi malditas ligações de número suprimido. Caraleo!

Finalmente, tomei a tal da vacina. E, porra, doeu!
Já falei que sou medrosa?

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

We're after the same rainbows end

Hoje acordei meio triste.
Na verdade, não foi só hoje.
Já me sinto assim tem uns dois dias.
Motivo? Existe.
Eu queria ser mais baunilha. Explico.
Queria aceitar as coisas que as pessoas dizem ser as 'certas': aceitar um cara mediano, que gosta de mim e quer casar comigo, mas pelo qual não sou apaixonada; aceitar um emprego mediano, em que ganho satisfatoriamente bem, mas que não satisfaz pessoalmente; fingir que estou sempre bem, quando na verdade, tô afim de sair gritando por aí.

Vejam bem, eu sempre fui a questionadora. A que não aceita qualquer coisa. A que luta sempre pelo melhor.
E, às vezes, questionar, ser sempre do contra, é foda.
Cansa. Às vezes, tu só queres te sentir feliz com as coisas que vem.

Queria poder aceitar as coisas que as pessoas normais aceitam, e antes de tudo, queria ser feliz com essa decisão.
Fico pensando nas coisas que deixei passar...
Eu sei que não me fariam feliz, eu sei que, cedo ou tarde, eu ia ficar doida se me obrigasse a conviver com certas coisas, mas, às vezes, dá vontade de só ser como todo mundo.

Meu pai sempre me ensinou que na vida tudo tem que ter paixão. Ela move o mundo.
Nessas horas, queria ser menos filha do meu pai, e aprender aceitar as coisas medianas.
Queria ser mais baunilha.

De modo que hoje eu estou assim.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

I only speak the truth

Ela ficou pensando em como iria chegar nele.
O que iria dizer, como iria rir, de que maneira jogaria o cabelo pro lado, como cruzaria as pernas de modo que não ficasse muito Instinto Selvagem, mas que também demonstrasse o seu poder. Deveria chegar beijando, lançando um olhar 43, ou ficar na sua, esperando a atitude dele?
No final, nem foi preciso.
Na hora em que ele foi ao banheiro, e ela de lá voltava, bastou um olhar, e pronto.
Quando indagada sobre o que conversaram, a simples resposta: "Que conversa?"
Às vezes, as palavras são tão desnecessárias.


*Dedicado à Mirna, e sua noite de sábado. ;)

Ahhh! Espero que agora eu esteja já livre de ligações de número suprimido! Tava ficando assustada já...

Ahhhh!² Um grande beijo pra um dos melhores amigos do mundo. Há brigas sim, mas sabes que eu te amo! Quando ficares beeeem mais velho e cheio da grana, dou o golpe do baú e caso ctg
;p

terça-feira, 9 de setembro de 2008

And my brain is in the fridge

Tô sem inspiração pra escrever.
Tenho uns 8 textos salvos no rascunho do meu email, mas nem um deles me apetece agora. Nem um deles reflete meu atual estado de espírito.
Queria escrever sobre alguma coisa, que eu ainda não descobri qual é.
Não penso que seja nenhuma dessas 'verdades da vida', que pra mim, acabam sendo tão 'verdades' e mais cabíveis à cada pessoa que nelas crê. Ou como escreveu Irving Wallace:
'Uma conglomeração de folclore, fábulas e preconceitos herdados de seus pais e parentes, e um montão de experiências, observações e pensamentos estreitos e mal assimilados'. (Ok, o que isso tem a ver com o texto? Para alguém, alguma coisa; para um incauto, quase nada. Mas leiam 'Os 7 Minutos').

Também não tô afim de escrever um texto engraçado. Se bem que um texto irônico é sempre muito bem vindo. Mas não, não é isso ainda.
Sabe quando tu abres o editor de texto, e te vem algumas trocentas idéias, mas nem uma ela brilha na intensidade certa para ser vista com clareza?
Tô assim hoje.

Acho que o meu Muso Inspirador (cada um vê o que quer, minha gente) encontrou alguma Nereida por aí, e resolveu me abandonar por um período. Homens, não podem ver um rabo de saia... Ou de peixe, no caso.
Não, não sou feminista, femista, qualquer coisa assim.
Mas alfinetar a ala masculina é sempre um prazer.
E ser achincalhada depois pelos guardas, então, é mais legal ainda.
(Olha aí, nem sou tão reacionária, moços, vejam a propaganda gratuita. Vou cobrar meu royalities depois).

Mas voltando ao meu problema, tô sem inspiração pra escrever.
Então, me perdoem se hoje não escrevi nada decente (ou não), mas simplesmente a minha mente também deve ter fugido com o Muso, afinal, ela não anda dando sinais claros de sua existência.
Espero que a existência esteja fazendo bem pra ela no Olimpo, e que ela volte logo, antes que eu comece a ter reações completamente (mais) esquisitas...


* Mais uma propaganda pra vocês, guardas: votação pro Trófeu Peroba's Oil, e essa que vos escreve está concorrendo, então, entrem aqui e votem em mim ;)

domingo, 7 de setembro de 2008

No more favors, my old friend

O Outro lado do telefone

Toca a primeira vez.
Aí ela olha (abençoado identificador de chamada) e putz!, não, de novo não.
O que fazer? Essa é, com certeza, uma chamada que ela não queria receber.
Não atender? Ele pode sacar que não é bem-vindo, mas ela não gostaria que pensasse mal dela. Apesar disso.
Recusar? Ele COM CERTEZA vai saber que não é bem-vindo.
Atender e dizer que não tá ouvindo nada? Ela é cara de pau, mas não sabia se chegaria à tanto. Quer dizer, até chegaria, mas hoje ela não estava com humor.
Dois segundos de decisão, e simplesmente deixa tocar. Uma hora esse ser humano tem que desistir.
Mas não. Esse leva à sério o tal do 'não desistir nunca'!
Então o telefone toca, toca, toca, e toca... E a música que ela mais ama (seu toque), começa a irritar... É até uma blasfêmia contra o Sr. Vedder ter síncopes regulares, tudo por causa de um telefonema.

É sempre assim. Quem ela espera que lhe ligue, não faz nem o celular vibrar. O aparelho cai num silêncio sepulcral.
A pessoa que ela espera que esqueça o seu número... Bem, essa, com certeza, faz com que ela queira esquecer que lhe conhece.
Nunca sabe o que fazer com ligações indesejadas.
Mas, no final, sabe que ou vai atender de vez e dar uma desculpa furada, que sabe que vai colar (não entende se seu poder de persuasão é muito bom, ou se simplesmente as pessoas crêem em qualquer coisa quando querem se enganar), ou simplesmente coloca o celular em modo offline.
Advinhem o que vai ser? Abençoada tecnologia.

Só ainda não sabe o que fazer com as ligações de número suprimido. Maldita tecnologia.


* O texto pode ser autobiográfico, ou não, gente... ;)

sábado, 6 de setembro de 2008

Te esqueceria só pra lembrar outra vez

Ela chegou em casa, abriu a porta e ficou puta.
Qual será o problema com os homens, que simplesmente NÃO conseguem ser organizados? Será algum alelo que ficou faltando, ou é pura porquisse?
O rastro do macho começava na sala. Camisa em cima do sofá, calça na cadeira da mesa de jantar, sapato no meio da sala. A meia, ela até tinha medo de pensar onde estava. E o caos seguia até a cozinha. Caixas de pizza em cima do freezer, todo os copos da casa na pia (sujos, obviamente), o queijo já mofado em cima da mesa. Também ficou com medo de pensar o que tinha dentro das panelas, que exalavam um cheiro tão 'jeitoso'.
'Eu mato esse homem hoje!'
Seguiu reta, como um foguete pro quarto.
Entrou e na penumbra do quarto, nossa!, teve certeza de que o bombardeio não foi na Ossétia do Sul, o caos chegou aqui!
O lençol da cama, presente de casamento da mãe!, embolado no canto do quarto, perto do criado-mudo, que se falasse, pediria socorro! Tinha tanta tralha (inútil) em cima do móvel, que ela demorou pra reconhecer a peça que custou R$ 3 mil no antiquário do Velho Judeu. Ela começou a ter pequenas síncopes, quando viu a marca do copo de cerveja em cima do criado. E se fosse só isso, ela até ficaria feliz. Mas era uma miscelânea de coisas que não deveriam estar lá: a tevê da sala no canto do quarto, três toalhas jogadas no chão (pra que TRÊS, Senhor?), a chuteira do fútebol de sábado (era uma quinta), todas as cartas de baralho espalhadas, a cortina com marcas de geléia, no mínimo duas caixas de cerveja espalhadas aleatoriamente pelo quarto, e fora a certeza de que ela tinha visto um ser parecido com um rato correndo pra debaixo da cama.
'Eu viajo por DOIS dias e volto pra uma realidade paralela!'
Quando deu por si, passado os 10 segundos de ódio irracional, ela percebeu um mulambo, enrolado no meio de cuecas sujas e meias fedorentas. Levou mais 10 segundos pra reconhecer que aquele 'ser' era o cara que ela jurou amar e respeitar, na saúde e na imundíce.
O traste estava dormindo o sono dos (in)justos, e ela já se preparava pra gritar o que, na língua das ruas de qualquer periferia, seria até ofensa prum inimigo, quando o mambembe acordou e a olhou, como se ela estivesse fora por trinta anos. E ela enxergou nesse mulambo, desordeiro e caótico, um olhar com sentido de urgência tão grande, que o ar lhe faltou por dois segundos.
Sem mesmo falar, ele a arrastou pra cama suja de dois dias.
'Eu lavo a louça amanhã!'.


* Alguém mais teve a sorte de cair na escala para trabalhar num sábado às OITO DA MANHÃ? Não? É, imaginei.
Já falei que adoro a minha profissão?

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

E ficar assim, como se nada fosse ruim

Tenho que fazer uma lista de coisas imediatas que preciso tomar vergonha na cara e fazer. São tantas coisas pequenas, que acabam se tornando grandes tormentos depois.

Preciso terminar os livros que eu comecei. Nunca fui disso. Sempre fui aficcionada por livros, e daqueles de trocentas páginas, quanto mais página melhor, sinto uma falta quando tenho que me despedir dos personagens, então, um livro nunca dura mais de dois dias na minha mão. Agora não encontro tempo pra terminar Amor Além da Vida e Os 7 Minutos.

Preciso sair pra perder as estribeiras, extravasar o estresse do dia-a-dia. Mirna, cure-se logo, a vida noturna não é o mesmo sem você.

Preciso volta a escrever meu ante-projeto de Mestrado. Comecei, escrevi umas coisas, colei outras, achei que tava bom e deixei de lado. Preciso me obrigar a continuar.

Preciso arrumar minha sapateira. Me mudei há quase dois meses, e não tive a decência de arrumar meus sapatos.

Preciso terminar de escutar os cds novos que eu baixei. Confesso que descobri recentemente Juliette and The Licks, mas já escutei essa aqui umas dez mil vezes.

Preciso tomar o tubo todo de vitamina C que tá rolando na minha bolsa. Tomei três negocinhos daquele, e já nem sei cadê o resto.

Por falar em bolsa, preciso arrumar a minha bolsa. Tem creme pro corpo, pro rosto, prendedores de cabelo, batons de festa, dois reparadores de ponta, contra-cheque, meu antigo chaveiro já sem uso, um pacote de biscoito Bono de chocolate (acho que esse pode ficar), etiquetas de roupas que eu andei ganhando, jogadas nesse caos (des)ordenado.

Preciso colocar o carro pra lavar. Nossa, isso é programa de homem!

Ahhhh!!!! E encarnando meu lado mais mulherzinha possível: preciso ir no salão. Sabe como é, não tô precisando especificamente de nada, mas existe algo melhor do que uma ida ao salão, pra melhorar o astral? Eu sei que os meninos vão dizer que não, mas pra mulher, é um bálsamo.

Preciso arrumar as fotos do meu quarto. Sou apaixonada por fotos/fatos. Quer coisa melhor do que um quadro parado de um momento eterno na lembrança? Então, preciso olhar para meus bons momentos sempre.

Preciso ajeitar tanta coisa, que dá preguiça só de pensar.
Mas pra ir aliviando o meu lado, vou comer o pacote de Bono; uma coisa à menos na bolsa.
Queres um?


*Alguém já reparou que os títulos dos posts são sempre letras de músicas?

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Mas não há som.

Senta. Levanta. Senta de novo.
Pega um caramelo. Joga no lixo, odeia caramelos.
Rói a unha que jurou nunca mais roer. Pega a revista já sem capa. Resolve levantar.
Anda até a sacada. Olha os faróis dos carros, como se fossem globos de luzes em noites escuras. Procura um carro de tal cor. Perde o foco por dois segundos. Sai da sacada.
Vai até a cozinha. Vira duas taças de vinho. Batuca na bancada da pia. Olha o seu reflexo na janela. Se assusta. Não quer mais olhar.
Vai pro quarto. Deita na cama. Liga a tevê. Zapeia. Filme de tiro, filme de monstro, filme europeu, filme em preto-e-branco. Bonequinha de Luxo. Moon River. Desliga a tevê. Se esparrama na cama. Olha pro teto. Foca na luz.
Levanta da cama. Vai até a estante. Pega um livro. Olha a capa. Deixa o livro. Olha pro celular.
Segue até o banheiro. Toma um banho. Sai do boxe. Enxuga o cabelo. Passa um creme. Pega a lingerie nova. Abre o armário. Escolhe uma calça. Cantarola um sucesso antigo.
Prende o cabelo. Põe maquiagem. Passa o perfume caro.
Se olha no espelho. Solta o cabelo. Escolhe um vestido.
Pega a bolsa. Pega a chave.
E saí de casa jurando que essa é última vez.


* Show do Scorpions ontem! Tenho sorte de ainda ter garganta. Mas não posso dizer o mesmo do meu fígado. Tô precisando de um dorflex. Alguém??

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Mas me diga que eu quero saber...

Pois é. Essa da foto do profile? É a Taynar.

Quando era criança, odiava que o seu nome começasse com uma das últimas letras do alfabeto. Era sempre uma das últimas na chamada. Não gostava também do seu segundo nome. Hoje em dia, é chamada sempre por este segundo, e gosta bastante disso.

Tem muitos conhecidos, mas poucos amigos aos quais chama de irmãos. Mas não faz a troca por nada.

Gosta de Nescau gelado com tapioca, pizza de calabresa, sem cebola, por favor, e qualquer sanduíche que leve bacon, lots and lots of bacon. E não ofereçam coca zero.

É direta. Tem medo de que opiniões muito guardadas a sufoquem, então não tem medo de ser sincera. Mas muitas vezes é chamada de grossa por isso.

Não gosta de blusa colada, ou que mostre a barriga, prefere vestidos curtos, que valorizem as pernas. É alta e gosta de um saltão, mas tem uma queda por baixinhos.

É o ser mais desastrado do mundo. Já caiu no recreio do colégio, na sala da faculdade, na escada do trabalho, na porta de boate, na frente do cara por quem ela era apaixonada. Já se queimou com a chapinha, com o baby liss. Já bateu com a cabeça na prateleita, já caiu da estante, sempre dá com a canela na quina da cama. Sempre está com uma ou duas, ou várias marcas.

Lê qualquer coisa. Mas sempre relê o Fantasma, ou Noah. Quando era criança, tinha mania de ler dicionário. Sempre prefere o livro ao filme.

Não gosta de ser enrolada, nem de intimidades forçadas. Não tem muita paciência com frescuras, sabe. A não ser com pessoas que ela acha que merecem. Aí ela aguenta noites e noites.

É controladora. Um de seus mais queridos professores afirmou que ela tira razão de onde a racionalidade passou longe. Convence um monge à cair no samba.

Quanto aos homens, bom, essa é uma definição que ela vai ficar devendo. Mas se serve de parâmetro, ela quer o bolo-de-chocolate completo, não se contenta com fatias.

Não vive em relacionamentos de conveniência, ou fachada. Se não tiver paixão, ela prefere ficar sozinha.

Tem muitos defeitos, virtudes profundas, e algumas manias de doido. Ah, a normalidade a cansa.

Enfim, é apenas a Taynar.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Simplicidade masculina

La femme: Eu gostei de ti porque elogiaste meu bom gosto, citaste Neruda, Espanca, até Menotti, músicas do Chico, Sinatta, comida francesa e vinho chileno, me levaste ao teatro, à casa de Jazz, inclusive me deste a primeira cópia autografada do Fantasma da Ópera. Mas quando falaste que a lua refletida na água, faziam meus olhos brilharem como duas pedras raras, aí eu não resisti. Me apaixonei por completo. E você, querido, porque se aproximou de mim?
L'homme: Porque te achei gostosa pra caralho!


E não quero nenhum cueca reclamando, porque eu tava lá, na hora do diálogo!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Copo-de-leite, chocolate e afins

Comecei a escrever três textos diferentes sobre coisas que eu queria. Sobre coisas banais, sobre coisas do mundo, e sobre forças da natureza.
Não consegui terminar um.

Não por não desejar, ou por não saber o que desejar, mas sim por serem tantas e tão diversas as minhas aspirações, que fica difícil definí-las em parcas palavras.

Mas vamos tentar...

Eu queria acordar e passar algumas horas sem ter que falar; eu acordo mal-humorada, então limito-me a emitir sons guturais como respostas, algo parecido com a linguagem dos nossos antepassados australopithecus, do tipo "grrrrrn" ou "arnnnn". Queria que não só eu tivesse a oportunidade de ter um teto onde dormir. Quero acordar com a frase do Guido, de A Vida É Bela.

Queria não ser obrigada a assistir tevê num dia de domingo, mais ainda ficar em casa num dia de domingo. Queria não ficar amortizada pelas notícias ruins do dia-a-dia, não pensar que 'isso-é-normal', não crer que nunca vai mudar, que a roda sempre vai girar da maneira ruim. Quero barras de chocolates compradas em momentos inesperados.

Queria poder comer uma barra de galak inteira, sem me sentir culpada. Queria que houvesse comida pra quem nem vida quase tem. Quero ser levada para jantares à luz de vela sem motivo, ser cortejada com Copos-de-Leite, não rosas vermelhas, e levada pra dançar Sinattra.

Queria que cerveja não engordasse e eu não sofresse de ressaca. Queria que as pessoas aprendessem o valor de uma conversa, de uma companhia. Quero ter sempre uma companhia pra beber, cair, rir e chorar.

Queria não ter que dirigir na hora do rush e não ter um babaca buzinador atrás de mim quase sempre. Queria não ser tão estressada, tão imediatista, tão impaciente. Quero aproveitar mais o silêncio do dia.

Quero toddynhos gelados, coca-colas com gás, roupa passada na hora da pressa, chuvas em tardes calorentas, caronas imprevistas, mensagens de madrugada, livros bons em momentos oportunos, livros ruins em momentos de loucura, elogios quando me sentir no fim, mão na escuridão, beijos roubados, presentes insanos, gestos tresloucados.
Quero não poder controlar o impossível, na verdade, quero nem tentar isso.
Quero ser levada, sem chance de objectar.
Quero forças da natureza na vida. Tempestades, vulcões, tornados, enchentes.

Queria e quero tantas coisas, que seria impossível relatar todas.
Eu quero o Preto e o Branco, mas muito mais me interessam as nuances...