sábado, 12 de setembro de 2009

That's the girl who is never home

Eu tinha dito à mim mesma que ia dar um tempo dos posts dark and twisted, porquê, vamos lá, tem hora que isso dá no saco.
Mas o que eu posso fazer se quando chego em casa, ainda quero abrir certas portas, que eu sei que não posso, corrigindo, não devo abrir?
Tá, eu também me canso de analogias com portas, mas agora é muito sério esse negócio com elas. Sério e bem real.
Porque tudo que eu quero fazer agora é atravessar uma porta. E isso é muito chato, sabe, quando tu queres fazer alguma coisa que tu tens ciência de que não é certo fazer, mas ainda assim, tu sabes também que não vais conseguir dormir caso não o faças.
E isso quando tu te atens só ao básico da questão. Nem vou comentar os derivantes, porque aí eu posso ficar umas boas duas horas falando sobre eles. E sobre querer e esperar, e principalmente desesperar. Não no sentido pérfido e carregado da coisa, mas o desesperar de conseguir estar ciente de não esperar por coisas das quais tu não tens conhecimentos e não dependem de ti. Mas isso não vem ao caso, e ler três livros pesados num mesmo dia te fazem ficar com a cabeça bem surtada.
Aí, no fim, tu ficas na encruzilhada, de noite, sozinha. Vou ou não vou?
Como é que se tranca portas mesmo?

domingo, 6 de setembro de 2009

Gotta ask yourself the question

Tu tens várias opções na vida.
Mas geralmente, tu te apegas mais em duas: dar com o martelo na tua cabeça, ou deixá-lo de lado. E, no geral novamente, tu sempre escolhes ficar dando com o pesado na cabeça. O ser humano diz que é racional, mas quando chega em determinadas áreas, a razão vai embora junto com um bando de outras coisas, que nem vale a pena mencionar.
Tem todo aquele papo do 'bato-porque-é-bom-quando-paro', mas, vamos lá, é uma dor completamente dispensável.
Tu estás dando com o martelo na cabeça porque TU queres, isso é fato. E nem adianta dizer o contrário.
Certas coisas acontecem independentemente da tua vontade. Ainda que tu deixes a porta aberta.
Tu já deixaste a porta aberta, não cabe nada mais à ti.
Mas no fim, é sempre aquela velha história. Às vezes, o raio cai duas vezes na tua cabeça na mesma semana, e tu tens que ter força pra te levantar, não adianta.
Chega de criar dois altares, chega de cultuar duas dores, chega. C h e g a!
Tu podes apelar pra sorte, ou mais ainda a falta dela, por dois raios, buracos, martelos. Eu apelaria. Mas não faz diferença no final do dia. É só dor. E dói? Dói, claro, que eu saiba, ninguém é de ferro.
Mas o truque é a tal da resiliência. Ou melhor, nem tem truque, tu tens que saber apenas seguir. E parar de te lamentar, por favor.
Tá na hora de deixar o martelo em cima da mesa e simplesmente suportar a dor.
Ela passa.