domingo, 29 de novembro de 2009

I've cried a river over you

Eu sonhei que acordava em um lugar diferente.
As ruas eram estranhas, os rostos todos desconhecidos, nenhum ponto de referência, nada que me sugerisse alguma familiaridade. Simplesmente não.
A língua também era esquisita, uma espécie de grunido, que todo mundo, menos eu, falava com facilidade, e pra mim, não fazia nenhum sentido.
Eu simplesmente ficava vagando por ali, tentando encontrar algo que mostrasse que eu ainda estava no meu mundo, que eu ainda poderia me achar. Mas nada.
As pessoas me olhavam de um modo estranho, olhando do canto de olho, cochichando enquanto eu passava, claramente tentando demonstrar que aquele lá não era o meu lugar. Como se eu já não soubesse.
Mas saber não modificava o fato de que eu estava lá, sem saber como voltar (pra onde?), ou o quanto gritar (o quê?). Eu ainda estava lá.
Eu só andava e olhava. Com a leve sensação de que iria ficar ali por um longo tempo, quer eu quisesse (ou não), que não (ou sim). Eu não tinha escolha. Eu nunca aprendi a acordar de sonhos.
Mas acordei (não) sobressaltada, desnorteada.
Vire para o lado, olhei ao redor, mas não reconheci o meu quarto.
Adormeci e acordei no sonho novamente.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Só você não viu

Eu queria estar com inspiração pra escrever um texto hoje.
Tenho até o motivo.
Mas ele simplesmente não foi.

Eu não estava muito empolgada em voltar ao Brasil.
Fora os motivos principais que me puxavam de volta (eu acho que saudade nunca tem fim), eu estava bem desmotivada, mas isso tinha muito a ver com portas que eu teimava em deixar abertas
Além desses grandes motivos, havia uma luzinha fraca, que eu sabia que se enroscasse a lâmpada direito, poderia fazer com que ela iluminasse com uma intensidade razoável. Cruzes. Esqueçam que leram essa frase!
Vou tentar de novo: tinha uma luz, e ela não tava brilhando do jeito que eu sabia que ela podia brilhar.
Ou seja, eu tinha um outro motivo.
Hoje, eu subi o primeiro degrau pra enroscar a lâmpada.
Pode até ser coisa da minha cabeça, mas só com isso a luz pareceu ficar um tiquinho mais forte.
Então era sobre isso que eu queria escrever.
E não consigo.

Mas quer saber?
Eu nem quero escrever textos. Talvez agora eu não precise. Porque eu subi um degrau.
A vista daqui já é diferente.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

É impossível levar um barco sem temporais

Hoje vou párar e só observar o movimento dos barcos.

* Hey, vamos dizer hoje 'parabéns, Taynar!!' ;)