segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Deny, deny, deny

Negação.
Um tipo de situação que eu adoro, ou na verdade, que me ocorre acontecer muito: negação.
Às vezes, a gente nega tanto uma coisa que acaba meio que se convencendo dela. Não se convencendo pra valer, mas o suficiente pra consciência deixar-nos um pouco em paz.

Já ouviram falar em carência?
Segundo o Priberam, é falta, necessidade, privação.

Às vezes, quando a gente tá carente, nega até a alma.
'Não, não tô carente, só acho que esse cara, pra quem eu nunca dei bola e que eu sempre achei repulsivo, anda, na verdade, bem jeitoso'.

O que me lembra aquela piada de bêbado numa festa. Quando o cara chega, só tem mulher feia. Depois de 5 cervejas, já acha algumas dali simpáticas. Depois da décima, todo mundo é lindo.

Não deixa de funcionar da mesma forma com a carência.
A gente faz cada coisa por sentir necessidade de ter alguém...

Conheço uma pessoa que namora há uns 8 anos com um escroque, por ter medo de ficar só. E ela nem gosta dele. Conheço também uma que vive mudando de parceiro, porque não sabe ficar só, mas também não consegue ficar com ninguém, porque não se apaixona.

Na verdade, a gente faz muita besteira.
Se convence de loucuras, tudo pra suprir essa necessidade.
Vê cordeiro em lobos, porque simplesmente, olhar pra frente e não ver nada é foda.

É normal?
Talvez não seja a coisa mais sensata ou acertada do mundo, mas as pessoas erram. E isso não é desculpa.
Carência, todo mundo tem.
Vai de cada um supri-la, do modo que conseguir.

Nenhum comentário: