quinta-feira, 18 de junho de 2015

Where's my mind?

Ultimamente ando me perguntando onde foi para a minha inspiração.
Veja bem, nunca fui um Hemingway ou qualquer coisa que o valha, mas antes parecia ser tão mais simples abrir um rascunho e despejar coisas. E eu já não aguento meu namorado perguntando por que eu não escrevo.
Por que eu não escrevo? Não sei.
Agora eu abro o rascunho e nada parece ser tão interessante a ponto de virar texto.
Eu fico lutando comigo, com a minha mente, com os meus dedos.
E nem pretendo escrever o novo melhor-livro-da-semana ou um super-artigo-com-aquela-sacada.
Eu só queria escrever. Eu sinto falta de escrever.
Acho que com o tempo, eu esmaeci. Aquelas ideias que brilhavam enlouquecidamente na minha cabeça cansaram de tentar aparecer.
Eu não sei. Às vezes, eu tento me convencer de que já tem muita gente escrevendo coisa legal por aí, e que se eu tiver que escrever alguma coisa tem que ser o novo-romance-brasileiro. Mas aí a minha consciência, aquela sacana que só aparece quando, bem, quer me sacanear, pula, gritando: Mentira! Tás com medo de só não ser tão boa!
E daí ficam minhas ideias, em estado comatoso, e eu com cara de pastel. Ainda sem escrever.
Escrever costumava ser minha droga. Ou como eu acho que a ansiedade por ela deveria ser.
Eu ficava cheia de vibrações, elétrica, antecipativa. Até o momento em que começava a escrever. Daí vinha uma calma... Como se eu tivesse anestesiada, positivamente, pelo que compus.
Clichê-mor. Mas, ainda assim, verdadeiro.
Preciso aprender manobras de ressuscitação. Vai que...


Um comentário:

Dani Antunes disse...

Exatamente como me sinto.