quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Ask me now and I won't hesitate

Oie!
Quanto tempo não é mesmo?
Sei que prometi dar notícias sempre, mas eu sou eu, e tu já deves estar bem acostumado pra surtar com a minha falta de notícias, então não me culpe se eu sumir. Estou apenas sendo o que sempre quiseste que eu fosse.
Pra tua felicidade e loucura, olha que divertido?
Tenho gostado de sumir. Ou pelo menos de ser encontrada somente quando quero. Mesmo que isso signifique ficar trancada no banheiro pela porta emperrada ou não comer tremoços por não ter força pra abrir o vidro.
Tem algo de libertador nisso. E nem é no sentido parco e cerceador baunilha de ser.
É simplesmente ter quatro paredes que podes derrubar, pintar, furar, ou simplesmente ficar olhando, porque tu podes fazer qualquer coisa, ou não fazer nada.
É ter uma cama confortável, e um som nas alturas. Ainda que a cama faça uns barulhinhos estranhos e o som só toque a mesma música. Tá, quanto ao som, eu gosto dele desse jeito mesmo.
Ou um fogão temperamental e uma geladeira mais quente que o exterior da casa.
É sair do subsolo, olhar pra cima e ver o pôr-do-sol mais mágico que poderias ter.
Ou olhar pro lado e ver um pescoço entortado pelo ter perfil andante.
Eu nunca me canso desses pequenos detalhes. Tenho certeza de que daqui há algum tempo, eu não vou conseguir lembrar dos dias completos nem com uma arma na cabeça, mas vou sempre comentar os detalhes que tiraram o meu fôlego, e que na maioria das vezes, eram tão pequenos que ninguém mais notava, ou achava graça. E eu nem tento convencer ninguém do contrário. Mas sempre falo do quão mágico aquilo é pra mim.
E nem importa o frio congelante, a saudade que muitas (e tantas) vezes me faz chorar, eu simplesmente gosto da oportunidade. A oportunidade de ser eu mesma, ou alguém completamente diferente.
Ouvir o mesmo, e não ouvir o nada.
Olhar pra cima e fechar os olhos.
Simplesmente ficar deitada, pensando, pensando, pensando... Até que adormeço e sonho o que penso. Ou sonho algo inusitado, em que eu sou eu no corpo de outra pessoa.
Já disse pra não tentar entender, tu deverias de fato estar acostumado. Foi o que te fez gostar.
Só me dá a tua mão e me acompanha.